11/21/2005

CINEMA: "Elizabethtown"

Através de uma história de amor - que para o espectador mais desatento pode parecer uma banal comédia romântica de “Domingo-à-tarde”-, Cameron Crowe explora, da forma simples que o caracteriza, complexos estados de espírito como o fracasso, o amor ou a busca da grandeza - tudo através de pequenos quadros, de pequenos exemplos, de pequenos nadas.
Orlando Bloom, no centro das atenções, é Drew Baylor, um jovem e conceituado designer de calçado que, mercê da sua promissora carreira ter entrado em queda livre, se procura refugiar no agridoce prazer da auto-comiseração. Mas sem sucesso: a súbita morte de seu pai obriga-o a regressar à realidade, bem como à pequena cidade de Elizabethtown, para fazer cumprir os últimos desejos do seu progenitor.

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Kirsten Dunst

Pelo caminho conhece Claire Colburn (i.e. Kirsten Dunst), que traz consigo a energia e a musicalidade que habitualmente governam as narrativas de Crowe. É então que o filme se transforma numa apaixonante “cine-melodia” rockeira, onde a trama e as personagens passam por vezes para segundo plano, dando o protagonismo aos afinados e desafinados refrães da vida. Elizabethtown não é uma comédia delirante – é sim um inteligente exercício humorístico sobre a forma como o ser humano abraça as mudanças de clima da vida. Onde a música e uma “roadtrip” são remédio santo para os males da alma e purgantes óptimos para a libertação de emoções reprimidas.
(7/10)

1 Opinar:

At 22/11/05 19:42, Anonymous Anónimo said...

Texto inspiradinho me?

:)

GB

 

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