CINEMA: Sideways
No ébrio está a virtude
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Na minha última passagem pelo vídeo-clube decidi entrar em "Sideways" e embriagar-me.Estava convencido que ia ser enganado pela quantidade de prémios e nomeações anunciadas na caixa do filme. "Mais uma daquelas comédias light de que Hollywood tanto gosta" pensei eu. Enganado, mas pela positiva. "Sideways" é muito mais do que uma simples comédia com laivos de romance fácil e algum vinho à mistura; é o percurso de seres humanos que tentam "fugir" da crise de meia idade, buscando prazer nas coisas simples da vida.
Miles é um professor de inglês do ciclo preparatório e um escritor comercialmente falhado. O divórcio com a ex-mulher Victoria (Jessica Hecht) é ainda uma ferida aberta na sua vida, agravando o seu estado neurótico-depressivo. Miles e o seu excêntrico amigo Jack (Thomas Haden Church) decidem fazer um périplo pela zona vinícola da Califórnia durante a semana que antecede o casamento deste último. As intenções de ambos são no entanto diferentes: Miles quer apenas fazer o percurso das provas de vinho, enquanto Jack está mais interessado num engate casual antes do seu casamento. O envolvimento de ambos com duas mulheres -Maya (Virginia Madsen) e Stephanie (Sandra Oh) - que encontram durante a viagem, acaba por mudar os intentos de Miles.
A crise da meia idade é subtilmente trabalhada pelo realizador Alexander Payne em temas como o amor, o romance, o medo do futuro, o medo do falhanço e a traição. O vinho não é o protagonista do filme, como nos poderá parecer sob um olhar mais superficial, sendo antes o elemento unificador das personagens e consequentemente de quase toda a narrativa. O diálogo encetado entre Miles e Maya na casa de Stephanie é uma das maiores homenagens cinematográficas prestadas ao néctar dos deuses.
A densidade psicológica das personagens vai-se revelando ao longo da narrativa e por isso o filme não está construído segundo o ciclo padrão de Hollywood. A evolução é constante e os dados não são lançados nos primeiros quinze minutos de filme.
A interpretação de Paul Giamatti é fantástica (parece que já o havia sido também em American Splendor, que espero ver em breve), bem como de todo o naipe de actores e actrizes secundário(a)s.
Excelente colheita cinematográfica de 2004. Pode (e deve) ser consumido já, mas não perderá virtudes com a idade.A crise da meia idade é subtilmente trabalhada pelo realizador Alexander Payne em temas como o amor, o romance, o medo do futuro, o medo do falhanço e a traição. O vinho não é o protagonista do filme, como nos poderá parecer sob um olhar mais superficial, sendo antes o elemento unificador das personagens e consequentemente de quase toda a narrativa. O diálogo encetado entre Miles e Maya na casa de Stephanie é uma das maiores homenagens cinematográficas prestadas ao néctar dos deuses.
A densidade psicológica das personagens vai-se revelando ao longo da narrativa e por isso o filme não está construído segundo o ciclo padrão de Hollywood. A evolução é constante e os dados não são lançados nos primeiros quinze minutos de filme.
A interpretação de Paul Giamatti é fantástica (parece que já o havia sido também em American Splendor, que espero ver em breve), bem como de todo o naipe de actores e actrizes secundário(a)s.
(8/10)
"Sideways" de Alexander Payne, 2004, USA, 126 min.
com:
Paul Giamatti
Thomas Haden Church
Virginia Madsen
Sandra Oh
Thomas Haden Church
Virginia Madsen
Sandra Oh
Weather helps calm Gifford wildfire
A 600-acre wildfire near Lake Roosevelt calmed down early today, a Stevens County sheriff's dispatcher said.
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Vê que vale a pena. ****
Sinceramente, não tinha o mínimo interesse em ver este filme. Pelas mesmas razões que apontas no teu texto. Contudo, convenceste-me.