6/23/2007

DISCOS: Chris Cornell “Carry On”

Logo ao arranque, percebe-se que este disco não é mais do mesmo. O que, de início, até desilude um pouco – que bem que sabia mais uma demão naquela camada de melancolia que ficou de “Euphoria Morning”, álbum com que Cornell se estreou em nome próprio, em 1999.
Este segundo capítulo deixa transparecer cinco anos de Audioslave (bem como algumas saudades incontidas dos dias de Soundgarden), trazendo ao público temas mais dados ao rock a céu aberto do que ao intimismo do trovador amargurado. Porém, a espaços, por entre a energia de temas como “No Such Thing” ou “Poison Eye” (que até podiam figurar num fictício sétimo álbum de Soundgarden), surgem outros com uma carga mais sentida, onde se sente a inconfundível voz de Cornell mais cansada. É o caso de “Disappearing Act”, onde ela ameaça ruir a qualquer momento. Porém, nunca quebra.
Para o final, fica o melhor: “You Know My Name”, resgatado à banda sonora de “Casino Royale”, que encerra, em alta, “Carry On”.

(7/10)

www.chriscornell.com